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Como a educação elimina a criatividade: uma conferência de Ken Robinson

Imagem: Ricardo Metayer

Momento de volta às aulas e nos perguntamos, mais uma vez, sobre a formação que desejamos para nossos filhos. E também nos perguntamos sobre o que as escolas, afinal, proporcionam como formação humana.

Pensar numa escola e, portanto, conceber uma linha de formação, é  entrar num agenciamento maquínico. Do material escolar, passando pela organização dos espaços, pelos relacionamentos, pelos modos de compartilhamento, tudo remete ao sentido, aos modos de subjetivação e de invenção ou reprodução social.

Foi então que uma amiga, a artista Paola Rettore, enviou-me os links de dois vídeos de uma conferência de Ken Robinson,  Arte-Educador que foi consultor do governo britânico para reforma educacional e autor do livro O Elemento Chave. Com um incrível senso de humor, Robinson mostra como a atual educação, surgida como resposta para o trabalho na sociedade industrial, é incapaz de responder aos desafios do presente. A seguir, apresento os dois vídeos, em que Robinson fala sobre o modo como as escolas matam a criatividade (legendas em português), e mais outros dois, sobre outros temas relacionados à educação, com legendas em espanhol.

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Educação e violência: faltam soluções criativas

As nossas escolas públicas estão configuradas, quanto à adiministração dos tempos e dos espaços, com base nas sociedades disciplinares. Foucault produziu o conceito para definir um tipo de organização social fundada no fechamento e no isolamento, na vigilância e na punição. Alguns exemplos: a caserna, o convento, a escola, o hospital, o hospício… Exclusão e inclusão, fechamento e codificação definida, estável, tudo isso faz parte de um tipo de sociedade cujo fundamento é a disciplina.