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Arte-Educação Geral

Os jogos corporais e simbólicos da criança: entre a ficção e o real

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Volta e meia deparamo-nos  com o tema da violência e da agressão nos jogos corporais e simbólicos das crianças.  Nesta hora perguntamo-nos sobre os limites entre realidade e ficção. E mais: em que medida tais ficções, supondo que estejamos nesse campo, acabam por influenciar o comportamento real? Questões que se fazem recorrentes, principalmente nas práticas do Teatro-Educação, quando o real e o imaginário parecem se misturar. Ocorre de encontrarmos esses temas violentos e agressivos nos desenhos das crianças. Veja, por exemplo, as imagens em tela desenhadas por uma criança de 07 anos de idade: armas, ataques e batalhas, sangue escorrendo, terror…  No teatro isso é mais “dramático”, justamente porque os corpos estão ali, em interação.  A partir de Peter Slade (do seu já clássico O jogo dramático infantil), podemos entender que, no primeiro caso, o jogo é projetado (no papel, quando se trata de desenho, ou com objetos e bonecos).  E nos jogos simbólicos e corporais, o jogo é pessoal.  Nestes últimos, estamos envolvidos de corpo e alma.  E então, nos perguntamos mais uma vez: qual a natureza desses jogos corporais e simbólicos, quase sempre carregados de tais cenas agressivas e violentas?