Meu pai na cama, com seus 93 anos e pouca mobilidade, tentou cantar baixinho: “É noite de São João…” A voz nem saiu direito. E mais não fez, não conseguindo continuar. Ajudei: “Chegou a hora da fogueira…” E cantei umas vezes para ele.
– Você se lembrou!
Meu filho mais novo, com seus quase 10 anos de idade, ficou parado, vendo a cena. Alguma coisa se passou.
Isso veio do nada. Ou de algum lugar. Depois, ele me mostrou que a televisão havia mencionado qualquer coisa sobre a música ou a festa junina. Mas não foi daí que veio esse afeto. Inútil explicar.